terça-feira, 21 de julho de 2015

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 A escassa vontade que eu tinha de ir ver 'As Mil e Uma Noites' de Miguel Gomes evaporou-se de vez depois de ler o elogio que lhe faz o Padre Tolentino ("um filme determinante para entender o Portugal contemporâneo"). Abrenúncio!

2 comentários:

pmramires disse...

Não li, mas fazem sentido os elogios do Tolentino. É um filme militante, anti-austeridade, feito à medida de Tolentinos, papas Franciscos e Sampaios da Nóvoa, e de «pensa» o cinema - não de cinéfilos. Deviam dar o prémio Nobel da paz a quem solitária e voluntariamente visse as três partes até ao fim. Eu vi-as, porque ao lado tinha com quem falar, graças a Deus. O 3º filme, ou 3ª parte, é um suplício! Vi pela primeira vez gente sair antes do fim (numa estreia nas Curtas, em Vila do Conde, um acontecimento cultural!), e na fila da frente muitas pessoas se viram o filme foi pelo facebook. A 2ª parte é a melhor, mais parecida com 'Aquele Querido Mês de Agosto' e com aquilo que poderia ser um bom filme sobre um certo Portugal que está a desaparecer, fruto essencialmente da desertificação do interior e da melhor educação das zonas rurais. Quanto ao filme como um todo há alguma originalidade, embora quase sempre à custa da coerência do mesmo e muitas vezes favorecendo más piadas que se prolongam por demasiado tempo (se fores ver o 1º saberás do que estou a falar). Bem, é um grande falhanço o filme. Só não foi uma grande desilusão porque já fui com baixas expectativas, devido ao que tinha lido. Esperemos pelo próximo Tabu.

rui disse...

Só iria ver se tu me garantisses que era uma obra prima. Assim sendo, dispenso.
(Mais um ano em que faltei às curtas. Não tenho visto nada de cinema, nadinha. Nem sequer em casa. Uma vergonha)

Abraço!