quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Sophie

Coetzee não deixou uma marca mais profunda em si?
(...)
Mas - para falar a sério por um momento - durante todo o tempo que estive com ele nunca tive a sensação de que estivesse com uma pessoa excepcional, um ser humano verdadeiramente excepcional.
(...)
Era apenas um homem do seu tempo, talentoso, talvez mesmo dotado, mas, francamente, nenhum gigante.

Passando às suas obras: falando objectivamente, como crítica, que avaliação faz dos seus livros?
(...)
Em geral diria que falta ambição à sua obra. O controlo dos elementos é demasiado acanhado. Não se tem nunca a sensação de um escritor que deforma o seu meio de expressão para dizer aquilo que nunca foi dito, o que constitui para mim a marca da grande literatura. Demasiado frio, demasiado conciso, diria eu. Demasiado fácil. Demasiado falta de paixão. Mais nada.

in Verão, J.M.Coetzee

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