quinta-feira, 8 de abril de 2010

JPC

Aí há dias saí de casa do meu primo com 2 livros na mão: um que reúne crónicas de João Pereira Coutinho na Folha de S.Paulo e outro que reúne textos de Francisco José Viegas no Aviz e n' A Origem das espécies, ambos distribuídos com a revista Sábado há uns anos, ao que parece.

Comecei pelo de Coutinho e aconteceu-me o habitual quando o leio: um misto de admiração (pela prosa e por alguns textos) e de irritação (pelo exibicionismo, pela sobranceria e por alguns textos). Às vezes a primeira predomina, outras vezes a segunda sobrepõe-se. Mas nunca é muito agradável ler alguém que nos irrita.

Estava a pensar escrever algo sobre ele, quando, num acesso de memória espectacular, me lembrei que Ivan Nunes tinha escrito sobre o livro, e fui pesquisar. No essencial o post é mais sobre um dos textos do livro que sobre o livro, mas reflecte bem a minha opinião sobre JPC:

Ah, e as crónicas do Coutinho? Vocês sabem: exibicionismo de nomes e na pontuação, nas fórmulas gastas e na insistência piadética. Mas - não há por que hesitar - escrita fluente e, uma vez por outra, com um achado (...). Em uma ou outra em até encontrei uma sensibilidade próxima da minha.

(vale bem a pena ler o post todo)

É por estas e por outras que Ivan Nunes é o meu blogger preferido. Pena ter-se reformado prematuramente.

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