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segunda-feira, 28 de setembro de 2009
2666
À porta da escola, alguns cidadãos comparavam as canetas com as quais profilaticamente se tinham apetrechado. Um deles, de bigode proletário, garantia que comprara a caneta para o efeito, visto não ser ele homem de convivência com artefactos tão burgueses. Naqueles olhos reluzia um misto de orgulho democrático e de consciência sanitária. Nunca, em toda a história da democracia portuguesa, o dever cívico de votar e o medo de contrair uma gripe se uniram num gesto tão elevado. Abençoados porcos mexicanos!
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